31.3.08

Relax!

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Ok. Decidi que a melhor coisa que tenho a fazer é… descontrair e parar de me preocupar com certas coisas.
Efeitos práticos desta decisão?
1. “Despedi” 3 imobiliárias nas quais tinha o meu apartamento há já um ano e que nunca fizeram sequer uma visita. “Manifestado o vosso pouco interesse comercial no imóvel, venho por este meio rescindir contrato celebrado com efeitos imediatos”… ‘Tou muito mais leve. As outras continuam em jogo… Vamos ver.
2. Mais? Fui entregar o meu carro (o Peugeot) no stand de onde hei-de mandar vir outro carro. Ou seja, tudo bem que tenho ainda uns meses para o fazer, mas visto já ter lá deixado o meu, agora não há volta a dar-lhe. Agora é só decidir qual vou buscar… O que eu até sei… Mas… mas… mas… Tenho de esperar pelo dinheiro da casa…
3. Casa essa onde foi o avaliador do banco no Sábado. Interessante. Telefono eu na quinta a desancar (outra vez) e por milagre o avaliador aparece no sábado! Interessante, huh? Pois é. Se ele aprovar o crédito, envio mail às outras imobiliárias com um grande agradecimento… por nada! Mas agradeço. Não sou mal criada, foda-se.
Isto da descontracção dá resultados. Experimentem!
Relax... take it eeeeeeeasy... relax!!

27.3.08

Ai, ai, ai...

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Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai…. Afasta de mim… Afasta de mim… Vá de retro… Vá de retro…. Vai… Ai, ai, ai, ai…
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26.3.08

Vendido! Não, espera! Sim! Vendido! Não! Sim! Não!

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Eu, nas últimas semanas tenho andado com um carro emprestado. Um Saxo, 1.5, diesel. Tão teimoso e resistente que mete impressão. Aquela porra não morre! 240 mil kms. E pronto para andar. Mas o carro não é meu… E então ontem aconteceu o seguinte quando fui com uma colega levar o carro dela à revisão… (versão resumida… basta imaginarem a minha cara de parva a olhar para o Senhor para completar a história…) Eu: Pois… Eu estou a pensar trocar de carro em breve… Senhor da Oficina: E vai dar aquele comercial à troca? Eu: Não… Aquele não é meu. Porquê? Senhor da Oficina: É que eu e uns colegas meus temos andado à procura de carro assim há muito tempo! Eu: Ai é? Pois… Então, mas quer comprar um, é? Senhor da Oficina: Você quer vender? Eu: Ahh… tudo é negociável… Senhor da Oficina: Quanto quer? Eu: Ahhh… a mim disseram-me que podia ficar com ele por mil euros (mentira!!!) Colega: Mil e cem que ela precisa da comissão… Eu: (em pensamento: querem ver… querem ver…. querem ver….fodaaaaaaaaa-se!!!!!) Senhor da Oficina: Está bem. Então, se quiser, quem lhe fica com o carro sou eu! Eu: Ahhhh… ok. Tenho de ver algumas coisas mas podemos falar. Fique com o meu contacto… Ligue-me. Senhor da Oficina: Quando é que cá pode vir com o carro novamente? Eu: Ahhhh…. Ligue-me para combinarmos. Senhor da Oficina: Ok. -------- De volta ao escritório, telefonei ao proprietário do bólide. Eu: Acho que te vendi o carro. Ele: O quê?! Eu: Querem comprar o carro. Queres vender? Ele: Mas tu precisas do carro! Eu: Mas vou deixar de precisar. Aproveita! Mil e cem euros!!! Ele: Quanto!?!? Eu: Mil e cem… Ele: Porra! Ahhhh…. Não. Não quero vender. Mil e cem????!!!!!! Ahhh…. Ahhh… Não… é melhor não…. Eu: Mas vais querer. Deixa só vir o meu. ‘Tá vendido! ----- Agora, digam-me lá. Eu mereço isto? Vender uma coisa que nem sequer estava à venda quando em relação a minha casa, só faltou fazer sacrifícios animais na varanda?!?!?!?! E em relação à qual, aliás, ainda estou à espera de confirmação de tudo, apesar de já terem encontrado o gajo? Eu não mereço. Porra. Eu não mereço.

20.3.08

Boa Páscoa

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Boa Páscoa, minha gente. Boa Páscoa.

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18.3.08

Encontraram o gajo!

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Estava eu no meio de uma apresentação num cliente quando toca o telemóvel. Quem era? O gajo da imobiliária. Claro.
Mandei mensagem a dizer onde estava e que voltava a ligar mais tarde.
Liguei.
Eu - Estou? Sr XPTO? Fala XPTOA. Ligou para mim...
Ele - Sim... você não atendeu... Eu disse-lhe que lhe ligava, não disse? E liguei! Já viu?
Eu - Sim, você disse que me ligava mas era ontém...E já viu? Mandei mensagem e tudo a avisar onde estava e porque não podia atender. Já viu a consideração que tenho por si? Diga lá então se tem novidades para mim...
Ele - Já conseguimos encontrar o Sr Comprador. Afinal, é camionista e estava fora de Portugal, daí não termos conseguido falar com ele...
Eu - Ahh... É justo. Então e agora?
Ele - Eles vão amanhã ao banco assinar as coisas.
Eu - Muito bem! E da minha parte agora, precisa de alguma coisa?
Ele - Daqui a uma semana sim, por enquanto não. Mas isso eu depois falo consigo para a manter informada. Sei que gosta de saber das coisas.
Eu - Pois gosto. É verdade. Então, no meio disto tudo, parabéns! Parece que conseguiu vender a minha casa...
Ele - Hahehahahe!! Pois é. Depois paga-me um jantar!
Eu - Pago-lhe um jantar? Você tem sorte de eu não lhe subtrair o valor da sua comissão ao valor de venda! Quer um jantar? Pago por mim não.
Ele - Ha.. he... he... ha...
Eu - Não estou a brincar.
Ele - (silêncio)
Eu - Então obrigada por ter ligado. Fico à espera que ligue novamente quando precisar de mais alguma coisa minha.
Ele - Sim, claro. Assim que for preciso, falo consigo.
Eu - Obrigada então. Boa tarde.
Ele - Obrigada eu. Boa tarde.
Fim.
E agora, é claro que ele me vai ligar sem eu ter que pedir. É que agora há coisas que só avançam se for eu a tratar delas. HAHEHAHEHAHEHA!!!! A vingança, meus amigos, serve-se fria e vem em forma de placa a dizer Vendido.
E eu sei que ambos ficamos a ganhar - ele com a comissão, eu com a venda da casa. Mas eu gosto de pensar nisto como sendo uma espécie de aprendizagem para o tal Sr. Mr. Besta da Imobiliária... Gosto de saber que contribuo para o crescimento pessoal e profissional das pessoas. Gosto.
:)

Coisas que me têm acontecido ultimamente

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- Vi 3 putos de aí uns 9 anos apostarem 20 euros em como um deles não tinha uma nota de 10 euros no bolso, como alegava - Vi o sol nascer através da janela do escritório - Vi o sol nascer através da janela do carro enquanto ia para casa - Assisti à Happy Hour do McDonalds (7:30 às 8:30 da manhã) onde, pelos vistos, fazem descontos aos clientes porque temos de assistir às limpezas e histerias da gerente/chefe/totó lá da chafarica (depois de ter visto o sol nascer) - Utilizei a desculpa “fazer bem ao cérebro” para comer quantidades bem boas de chocolate - Negociei a entrega do meu bólide contra a compra de outro carro (só falta saber qual, quando, onde, quanto, etc. mas pelo menos do meu já me livrei…) - Dormi uma média de 3 horas por noite - Fumei o dobro do habitual - Aumentaram-me o tabaco - Fiz uma bela galinha com gengibre e vinho branco mesmo boa, boa, boa - Soube que o Sr. Besta da Imobiliária voltou de férias mas que ia estar numas consultas e que só me telefonava no final do dia (qual é que não sei) - Fui mazinha com uma cliente que queria que eu copiasse uma tabelas de excel para Word porque ela não sabia como (mandei e-mail com instruções… e não a tabela copiada) - Recebi um enorme obrigada quando lhe copiei as tabelas depois de ela me ter dito que as instruções que eu tinha enviado não era bem o que ela queria… (daaaah…) - Chateei-me e falei mal com uma pessoa que não merecia (daquela vez) mas depois pedi desculpa - Resolvi uns problemas a umas pessoas - Pedi extracto de dívidas à emel há 3 meses e só agora recebi o dito cujo - Buzinei a uma senhora que decidiu parar na faixa da via verde (mesmo em cima daquela parte de cimento) enquanto segurava o aparelho junto ao pára-brisas e olhava para o mostrador para ver se estava verde ou não - Não ganhei nada no euromilhões - Fiz uma amiga nova - Disse a outra amiga que tinha saudades dela e fi-la choramingar - Dissertei, enquanto dormia, sobre os projectos que tinha no trabalho, enquanto a minha mãe assistia e ia fazendo perguntas - Quando ela me perguntava que raio estava eu a dizer, eu respondia que tinha sido ela a dizer e que se não quisesse saber, que não perguntasse - Depois acordei - E pronto.

11.3.08

Falaram-me de... Pediram-me para... Etc

Falaram-me disto: As Outras É muito recente, mas vê-se que há pano para mangas. Serviço feito, pedido respondido. All is well. E não, ainda não me disseram mais nada lá da terra do Demo com placa de "Vende-se" à volta dos cornos. E não, não quero falar mais no assunto.

Não mereço

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Oh alegria! Oh contentamento! Oh felicidade! Soube que o empréstimo dos senhores que querem comprar a minha casa foi aprovado! YEAH!!! Agora só falta mesmo é conseguirem falar com eles visto estarem incontactáveis desde a última 5ª feira. Eu, definitivamente, não mereço.

10.3.08

Férias

imagem: minha 'Tá de férias. O Sr. Mr. Besta da Imobiliária 'tá de férias. O resto que se fecunde. ELE está de férias. ELE ter passado o processo a outra pessoa seria pedir de mais a quem vai de FÉRIAS. Nem imaginam a quantidade de coisas ruins que estou a quase desejar que lhe possam acontecer enquanto estiver de FÉRIAS. Todas (quase) envolvem partes sensíveis do corpo, internamento hospitalar, quarentena por 40 dias e eventualmente a incapacidade de procriar. FÉRIAS.

6.3.08

Silêncio

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Para não tocar, mais vale não existir.
(Não, não ligaram.)
Não quero falar mais no assunto (hoje).

5.3.08

Flagelo Local... CUIDADO!

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Moro em Samora Correia, como sabem. Aquela belíssima vila Ribatejana sofre de um enorme flagelo ainda por compreender (e não, os senhores da imobiliária AINDA não me ligaram). Que flagelo é esse? Tabaco falsificado (fui ver se encontrava o gajo hoje de manha, mas não consegui). Esta coisa do tabaco falsificado estaria toda muito bem se não fosse pelo facto de eu ter um azar enorme em relação ao mesmo (queria perguntar se preferia gozar com a minha cara em pessoa ou se prefere que continuemos com a palhaçada por telefone). Há uns meses, comprei um maço e a coisa sabia tão mal que não o consegui fumar todo. Peguei no maço, telefonei para a Tabaqueira e disse que ia enviar umas amostras para eles verem se se tinha passado algo de estranho (sempre ficava mais barato em pessoa do que por telefone já que quem gasta dinheiro em telefonemas sou eu e não ele). Telefonaram-me, uns dias mais tarde e informaram-me que aquele tabaco não tinha sido produzido por eles, que seria contrafeito. Eu ia caindo da cadeira abaixo. Queriam saber se eu estaria disponível para testemunhar alguma coisa caso fosse necessário em tribunal porque eles iam processar a empresa e tal e eu ia caindo novamente da cadeira abaixo (não me importava nada de ir a tribunal e ouvir a seguinte pergunta por parte do Juiz ou Juíza: Então, a menina agrediu este senhor da imobiliária de forma tão violenta que ele nunca mais será capaz de falar ao telemóvel com ninguém, restando-lhe apenas encarar as pessoas cara a cara?). É claro que respondi que teria todo o gosto em testemunhar que tinha comprado um maço que sabia mal comós cornos. Os senhores foram tão simpáticos que me foram levar um maço a casa, ainda que tenham frisado que não se sentiam responsáveis pelo acontecimento. Pois. Eu acrescentei que fumar faz mal, tudo muito bem, mas que ao menos não fosse tanto mal assim… Sabia lá eu o que estava naqueles cigarros! (eu sei o que poria nos cigarros do senhor da imobiliária se ele fumasse… ai sei, sei). Devido a esta situação, há sítios onde pura e simplesmente não compro tabaco. Não confio. Descobri um sítio onde o tabaco é legítimo e esse passou a ser o meu dealer. Por incrível que pareça, consegui criar uma rede de contrabando de tabaco legítimo. Disse a todos quanto conhecia que só aquele sítio é de confiança e como nós fumadores somos uma espécie em extinção, temos de nos manter unidos. Quer dizer, não basta os impostos e as doenças todas que fumar provoca? Ainda temos de levar com tabaco contra-feito de má qualidade? Não pode ser. E isto chateia-me. Anda meio mundo a tentar enganar outro meio mundo. Mas com esta coisa do tabaco parece ser ainda mais malévolo. Fumar faz mal, mas porra, não precisam acelerar o processo! (aposto o que quiserem que o gajo da imobiliária não fuma… deve querer ficar cá para semente… ou então é como as baratas… sobrevivem a tudo… mesmo se lhes cortarmos a cabeça…). Se algum dia apanharem um maço manhoso, enviem para a tabaqueira para eles analisarem. São simpáticos e, por hipócrita que isto pareça, preocupam-se com a saúde dos seus clientes (eu também me preocupo muito com a saúde de um certo senhor… e só lhe desejo é bem… que seja muito feliz… que ganhe muito dinheiro para poder ir comer quilos e quilos de marisco lá no restaurante que vos falei… e que depois apanhe uma caganeira tão forte que ande a cagar de repucho durante 3 dias, que entupa a sanita, fique com os pés cagados até ao pescoço e que depois os construtores amiguinhos lhe digam que aquilo não tem arranjo só lhe restando comprar casa nova). Abaixo o tabaco falsificado! Viva o meu dealer!!! Longa vida aos fumadores! Que todos vivamos tempo suficiente para ver a porra da minha casa vendida!! (FDP).

4.3.08

Imobiliárias - essas filhas bastardas do Demo

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!#”&#»!!!!%&#$!!!!!(#/#%$!!!!! FODA-SE!!! Porra, pá! ‘Tou mais que pissed off. ‘Tou mais que fecundada com esta merda das imobiliárias e casas e bancos e o raio que o parta. Como sabem, tenho a casa à venda há um ano e pouco. Tudo muito bem. Já baixei o preço. Já fiz trinta por uma linha para vender a porra da casa. Se algum dia houve pessoa a querer vender casa, eu ganho a camisola amarela… a medalha de ouro… a merda do Prémio Nobel! No meio disto tudo, lá apareceu uma família a querer comprar a casa. Alegria? Não. Felicidade? Não!!! Porquê? Porque são estrangeiros. O que é que isso significa? Que os bancos arranjam todas as desculpas e mais alguma para não aprovar créditos. Lá se correram bancos. Lá se meteram processos. Lá se enviaram papéis. A imobiliária (!&#$!”=!?!!!!!) lá andou a tratar das coisas. Ahhh e tal, aquele banco chumbou. O outro também mas talvez esteja pré-aprovado num outro. Pois, sabe como é… difícil… fiadores… BLAH BLAH BLAH!!! E eu não tenho mais nada, pego e ligo para um dos bancos e lá me conseguem descobrir que o crédito tinha sido aprovado noutro. Até cresci meio metro de tanta raiva. Eu, com um telefonema, descubro isto. A imobiliária, a quem se vai pagar uma comissão choruda, não sabe. Liguei para os gajos. “Vejam lá com o banco X se houve desenvolvimentos. Ouvi dizer que sim. Liguem-me amanhã.” Não ligaram. Enviei mensagem: Sr. XPTO, como sei que tem dificuldade em se lembrar de me ligar, serve a presente para o recordar de tal facto. Aguardo telefonema seu.” Ligou. Disse que essa informação podia ser falsa e que não iam falar novamente com o banco que supostamente teria aprovado o crédito porque havia um outro com pré-aprovação. Pedi, encarecidamente, que ao menos falassem com eles para saber de alguma coisa. Perguntou como é que eu sabia disso. Respondi: Liguei. Perguntei. Eles disseram. Mas não me dizem tudo. Ligue você para saber o resto porque o meu papel não é este. Responde ele: Pois, sabe… é que isso às vezes atrapalha. Tive que tapar a boca para não responder. Literalmente. Peguei na mão e tapei a boca. Se não o tivesse feito, o que teria respondido era mais ou menos algo do tipo: Desculpe, mas o que atrapalha é eu ter a casa à venda há um ano e tal e vocês andarem de banco em banco e eu, sozinha, descobrir mais e fazer mais por vender a minha casa do que vocês todos juntos! Mas não. Voltei a pedir, por favor, que voltassem a falar com o banco. Respondeu que sim e que depois me ligava. Estou à espera. Mas eu cago-os. No contrato que fiz com eles, tem lá a percentagem de comissão. Eles, por cima dessa percentagem, acrescentaram cerca de mil euros para “margem negocial” com potencial comprador. Ou seja, para além da comissão, ainda podem receber mais mil euros. Cagam-se. Quando for altura, recebem a percentagem e nem mais um tostão. O resto vem todo para mim. Todinho. Ahh, mas nós tínhamos falado neste valor para negociar… você tinha concordado… Se por acaso lhes passar pela cabeça dizerem-me uma coisa destas, espeto-lhes com o contrato à frente e pergunto se há dúvidas. Nem que esse dinheiro seja entregue aos compradores, eles é que não ficam com ele. E isto para não ligar ao banco onde consegui as informações, pedir o contacto dos compradores e fazermos o negócio entre nós. O banco não quer saber e de certeza que os compradores iriam gostar do desconto da comissão no valor da venda. Estou muito pissed off. A alegria e boa notícia que é ter o crédito pré-aprovado nem me tocou sequer. Com tanta incompetência e confusão, nem tive ainda oportunidade de ficar contente por finalmente ver a minha casa quase vendida. Não é justo. E estou pissed off.

3.3.08

Ai, ai, ai...

Há minutos...
Colega: Oh XPTO, ainda não me enviáste aquilo? Estagiária: Eu-'tou-aqui-a-ter-um-problema-pá-esqueci-me. Depois deste momento de profunda honestidade e atrapalhação, decidiu-se que coisas para a estagiária só por escrito com aviso de recepção. Pá.

Agarra que é ladrão!

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Considero-me uma pessoa minimamente tolerante. “Ladro” muito mais do que “mordo”. Reclamo quando sei que tenho razão e que essa reclamação poderá trazer algum bem a alguém… aliás, se souber que poderá trazer algum mal a alguém, às vezes também reclamo… De qualquer das formas, onde vivo, existem bastantes lojas chinesas. O que existe mais, no entanto, são os armazéns chineses que servem de entreposto para muitas mais lojas a nível nacional (e não só). Pelo que tenho convivido com eles, são pessoas pacatas, falam um cadito alto, metem nomes portugueses aos filhos e fartam-se de trabalhar (lojas abertas 7 dias por semana, com horários de 12 horas… coisa que as nossas não podem ter, mas enfim). Também dá para ver que o trabalho compensa: Audis, Mercedes, BMWs, Volvos… Apartamentos pagos a pronto… jantaradas e almoçaradas nos melhores restaurantes… etc, etc, etc. Por mim, e muito sinceramente, tudo muito bem. Quem o tem, só tem é que o gastar conforme quer e bem lhe apetece. O problema não está aqui. Está no porquê de eles poderem fazer estas vidas. Ontem, fomos almoçar fora. Fomos a uma marisqueira lá da zona, baratinha para quem come bifes, minimamente acessível para o pessoal da lagosta, sapateira, etc. Tudo muito bem. Ontem, estando o local cheio de pessoal a comer os seus bifinhos, o seu cozido bravo e o ocasional prato de camarões cozidos ou sapateira para 6, entra um grupo de homens, de etnia asiática. Eram aí uns 5. Sentaram-se e pediram. 15 minutos depois, chegam dois empregados de mesa com a maior travessa que alguma vez vi na vida com lagosta, sapateira, camarões tigre, lagostins e outros bicharocos do género. Enterraram as caras nos pratos, arregaçaram as mangas e empreenderam a difícil tarefa de partir pernas, sugar carne e espalhar manteiga no pão torrado. Olhei para o meu singelo prato de bifinhos de peru com molho de natas e mostarda. Lembrei-me de as horas que tenho trabalhado nas últimas semanas. Lembrei-me de todos os fins-de-semana que tenho trabalhado em casa. Lembrei-me de pagamentos de IVA, pagamentos à Segurança Social, telefonemas a devedores, empréstimos ao banco, contagem de tostões, gasolina metida às pechinchas, revisões não feitas por falta de dinheiro, casas não compradas por falta de dinheiro e sapateiras não comidas também por falta de dinheiro. O meu ordenado, na grande escala das coisas, não é mau. Podia ser melhor… claro. Pode sempre ser melhor. Olhei para mim, cidadã deste país, contribuinte assídua. Olhei para mim e para quem estava comigo. Olhei para o resto da sala. De vez em quando lá apanhava alguém a olhar para a mesa dos senhores com um olhar de puro repúdio. Compreendia perfeitamente. O que eu não compreendo é que existam leis para a fixação de “empresas” estrangeiras neste país que cospem tantas regalias e descontos e subsídios disto e daquilo que permite a esses mesmos estrangeiros chegar cá, fazer vida de lorde e, ainda por cima, rir-se na cara de quem saboreia um pratinho de camarões do rio uma vez por mês porque não há “tempo” para mais. É que esse camarão é pago com o que sobra de um (ou mais) ordenados após serem pagos os impostos e é quando sobra. A tal travessa monstruosa foi paga com dinheiro de impostos não pagos porque os Srs. Mr. Bestas do Governo acham que assim é que ajudam a economia a andar para a frente. Até certo ponto, é verdade. Os restaurantes, concessionários e imobiliárias agradecem. A restante população… essa, essa não agradece nada porque sabe que se apanhar uma caganeira por ter comido um camarão estragado, bem que pode morrer antes de ser atendida num centro de saúde. Mas, mesmo assim, se for preciso ir comprar um penico para ter ao lado da cama durante a noite, lá vão a correr para os Chineses porque lá é mais barato. Que comprem. Depois não podem é ficar a salivar quando eles enterram os dentes em sapateiras de 2 kgs enquanto o resto do pessoal anda a molhar o pão no molho do bifinho. Não vou aos chineses. Não gosto, não vou. Não lhes vou dar o meu dinheiro, por muito pouco que seja, para depois saber que isso os vai possibilitar comprar um BMW a pronto. Não sou xenófoba, nem quero que ninguém seja prejudicado em relação a nada, muito menos por não ter “Portuguesa” escrita na nacionalidade do BI. Mas porra, pá. Há limites ao razoável. E nós, de tanta mania que temos de ser hospitaleiros, perdemos totalmente o fio à meada e agora até nos escancaramos, pernocas abertas e cus espetadas à espera que alguém goste do engodo. Ganhemos alguma hombridade e sentido de justiça. Por muito “má” que a vida esteja e seja, não nos enterremos mais. Uma vez ouvi um imigrante francês dizer o seguinte: Os portugueses são como as galinhas. Mesmo vivendo no meio da merda e estarem cobertos dela, ainda se riem. Não me estou a rir. Venha o tão desejado banho. E comecemos por quem pior cheira - os que nos roubam e ainda por cima dizem que é para nosso bem. Farta de ser assim tão bem tratada. Fartinha.