28.2.07

Quantos São? Quantos São?

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Bem, esta coisa de Homens e Mulheres deve ser mesmo o que está a dar! Bolas! Até tive direito a comentários cara-a-cara a darem a entender que eu andava a mandar recados ao pessoal. Era só o que me faltava! Quer dizer, uma pessoa não pode vir para aqui deixar os seus pensamentos e opiniões que é logo acusada de andar a mandar recados! E então eu! Recados! HA! Os homens são mesmo … eh pá … escolher a palavra certa … esperem … totós? (esta é soft e pouco ou nada ofende…). As mulheres que leram o post nada disseram! (hihihihihi!!!) Eu, na minha maior e mais pura inocência, escolhi um exemplo simples e de fácil relacionamento e reconhecimento para todos e todas. A questão da elaboração de refeições. Simples, huh? Pois é! Mas não! Eu, e já o disse montes de vezes, quando quero dizer alguma coisa, digo. Ou seja, nem sequer tenho a capacidade de mandar um boca foleira disfarçada porque as minhas bocas foleiras são mesmo foleiras e ditas para serem e parecerem foleiras. Ou seja, não as disfarço, com aquele ar ingénuo, boca e olhos abertos, mãozinha no peito, “Eu? Não quis dizer nada disso!” (aliás, faço isso sim: quando quero mesmo que a boca foleira seja totalmente integrada e inspirada e bem absorvida pelo seu alvo). Eu digo, olho a pessoa nos olhos, e certifico-me de que a boca foleira foi bem compreendida como tal. Desperdiçar energias em criar boas foleiras para depois não as apanharem? Caredo. As minhas são telecomandadas. Também acontece eu dizer alguma coisa que possa parecer-se com uma boca foleira mas que, na realidade, não o é. É apenas algo que foi dito e que, por imaginação hiperactiva de quem ouve, pode ser interpretado de variadas formas. E que culpa tenho eu da imaginação dos outros? Hmmm? Perguntem! E há mais! Ainda me perguntaram, de sobrolho carregado e cheio de significado: “O que é isso das gajas terem números para as caras que fazem??” Oh valha-me caredo! O que vale é que esta era uma daquelas perguntas que não requerem resposta. Limitem-me a fazer a minha cara #27 e toca a andar. Meus caros, isto assim não pode ser! A minha blogoterapia assim não funciona! Depois admiram-se de eu andar para aqui a mandar recados! (comentário de antecipação de comentários: sim, esta ultima frase foi só para baralhar. Mas foi boa, não foi? Deixou-vos a pensar, não deixou? E assim podem continuar… Venham daí os comentários foleiros. Quantos são?! Quantos são?!)

25.2.07

Sim? Não. Não? Sim.

imagem (que não podia ser melhor!): www.google.com Esta coisa de homens e mulheres pelos vistos é o que rende… até tive direito a um comentário de alguém desconhecido a tentar refilar comigo por causa do ultimo post! Não sei quem foi (comentários anónimos… praga da blogosfera), mas agradeço o tempo dedicado ao meu humilde blog! Só por causa das merdas, vou acrescentar mais uns pontos porque acho que com um pouco mais de esforço, consigo ser ainda mais corrosiva e caustica e mazinha. Bolas. Eu ando a ter-me em pouca conta! Ok. A questão do Sim/Não (ver comentário de post anterior, please). Quando é que uma coisa quer dizer a outra? Ou quando é que a outra coisa quer dizer a primeira? Bem, como boa gaja que sou (gaja boa tenho dias…), tenho algumas teorias… tanto para elas, como para eles. Sim, porque um não pode querer dizer variadíssimas coisas dependendo de quem o sussurra/diz/grita/berra. Vejamos um exemplo (com assistente de tradução e tudo): Ele: Não queres ajuda com o jantar? (Pergunta feita na negativa, com o Não logo à partida, induzindo a respondente a duas possíveis respostas: Não, deixa estar ou Por acaso até quero. Neste ultimo caso, acrescenta-se o “por acaso” como forma de ripostar a um “não” à partida garantido pela forma de colocação da pergunta, o que, por sua vez, pode levar a discussões. Hmmm… talvez estas explicações sejam demasiado elaboradas, especialmente tendo em conta o nível de alguns dos comentários que para aqui têm colocado… Vou tentar outra vez.) Ele: Não queres ajuda com o jantar? (querendo isto dizer na realidade: eh pá, estou tão bem aqui no sofá/cama/whatever que não me apetecia nada ir cortar umas cebolas e sujar os dedos. Diz que não! Diz que não!) Ela: Oh, amor da minha vida, presente dos céus com que fui abençoada nesta vida terrena vazia e sem sentido não fosse pela tua presença, deixa-te estar. Estás tão bem aí no sofá/cama/whatever. Eu corto as cebolas sozinha. (querendo isto dizer: meu asno insensível deves pensar que isto é só chegar e comer e que aqui a mula tem de estar sempre disponível para cozinhar os bifinhos enquanto o Sr. da casa descansa de um longo dia de fazer nenhum. Nem te quero ver à frente! Muito menos quando puser aquele picante nos bifes que te fazem mal às hemorróidas). Ok. Talvez tenha exagerado outra vez. Mais uma tentativa. Ele: Queres ajuda com o jantar? (pergunta feita na forma correcta...) Ela: Sim/Não/Depende/Ainda não/Mais tarde/Talvez/Não sei. (resposta a condizer) Assim está melhor. Estava a ver que não acertava!
Agora mais a sério. Falando por mim, claro está, que não espero que me adivinhem os pensamentos, a não ser que os mesmos me estejam escarrapachados na cara e em tudo o resto, continuo a dizer que a melhor forma de conseguirmos uma resposta é perguntando. Depois da pergunta feita (o que não ofende), a resposta é o que é, devendo o respondente tomar total responsabilidade pela mesma. É claro que muitas vezes já disse “sim” quando queria mesmo dizer “não”. Isto de agradar aos outros tem o que se lhe diga. E é mais do que óbvio que também já ouvi muitos “nãos” que se via mesmo serem “sins” (o plural de sim é assim, não é? Não vá eu levar aqui com comentários sobre o português do blog…). Concluindo: o mundo do sim/não é uma selva e é cada homem ou mulher por si. Desculpem lá não poder ajudar, mas é assim mesmo. Cada um por si. Eu cá vou vivendo tentando ser o mais honesta possível, dizendo sim quando é sim e não quando é não. Isso e confiar nos outros que me conhecem para saberem aceitar isso ou para perguntarem quando têm dúvidas. Gosto tanto quando alguém me faz uma pergunta sem querer resposta. Gosto tanto, tanto, tanto. Mas isso fica para outro post. Sim?

21.2.07

Eu não queria...

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Eu não queria ir por aqui… aliás, já tive oportunidade de dizer, mesmo ao início do blog, que não queria que o mesmo se transformasse numa espécie de palco para uma guerra aberta entre os sexos, mas, bolas, uma gaja não é de ferro. E a culpa é dos homens. Considero-me uma gaja moderna (com necessidade de regulares updates ao software para me manter actualizada… mas moderna na mesma). Ou seja, o que isto quer dizer é que não tenho receio rigorosamente nenhum de falar sobre coisas que, à partida, poderiam não fazer muito sentido serem faladas por mim. Já o fiz uma vez e posso voltar a fazê-lo (o blog é meu!). Sou uma espécie de feminista-anti-feminista-radical. Pois. Trocando isto por miúdos. Nós, gajas, fazemos os homens sofrer coisas que, valha-me caredo, se fosse ao contrário, não nos aguentávamos à bomboca. Na nossa ingenuidade feminina, pós-adolescência conturbada (são todas), achamos que os homens têm a obrigação de nos ler como se realmente fossemos os livros abertos que achamos ser. Metemos a nossa cara #43 e prontes - aguardamos pelo efeito. Batemos com umas portas. Dizemos uns “não se passa nada”. Deitamos uns olhares 605 Forte. Expiramos com mais força do que o costume (às vezes, roçando a hiperventilação). Mandamos umas bocas sarcásticas. Deitamos cá para fora o nosso riso #89 quando eles fazem a cara de parvo #64 por não estarem a perceber o que se passa. Bolas. O que nós os fazemos sofrer. Está cientificamente provado que as ligações entre os lados direito e esquerdo do cérebro feminino são muito mais abundantes e muito mais fortes do que as presentes no singelo cérebro masculino. Isto quer dizer que conseguimos processar mais informação e, ainda por cima, de forma mas rápida. Isto quer também dizer que andamos num campeonato diferente do dos homens. É como meter um triciclo a correr contra um Ferrari. Não pode! Temos que abrandar o nosso ritmo, temos que ir mais devagar, temos que ter maior empatia e compreensão pelos pobres seres que, de tantos sinais nossos receberem, ficam encravados e perdidos no meio de um espaço mental vazio. Temos que parar de fazer coisas deste género só porque adoramos e amamos e veneramos os homens com quem estamos. Não é por estarmos completamente apaixonadas por um homem, por podermos sentir um medo de morte de o perdermos, por podermos sentir uma insegurança enorme em relação a nós próprias, por termos medo que as coisas possam correr mal, por termos receio de sermos magoadas ou de magoarmos, que podemos continuar a dar a entender aos nossos “sócios” (gosto deste termo… explica muito bem o que duas pessoas fazem juntas na vida… uma sociedade… acho giro) quando estamos bem ou não. Se, à partida, eles não vão compreender a subtileza de uma porta a bater com tanta força que parte o vidro da janela ao lado, não nos resta mais nada a não ser falarmos abertamente e directamente sobre o que se passa connosco (dentro dos limites do razoável, claro, porque há alturas em que a delícia que é ver um homem a suar de nervoso é demasiado bom para perder). Assim, minhas caras, digam o que vos vai na alma, sem medos! Sem receios! Sem merdas! Meus caros, perguntem quando não souberem (perguntar continua, mesmo hoje, a ser a melhor forma de conseguirmos respostas). E homens, acreditem, vocês, a maior parte do tempo, não fazem a mais pálida ideia. Agora, meninas, quando eles sabem exactamente por que motivo estamos chateadas ou com a cara #42, e se, ainda por cima, nós vermos que eles sabem mas que, mesmo assim, não se descosem, caguem nisso. Deixem-nos sofrer. Só têm o que merecem. (eu disse feminista-anti-feminista-radical… radical sendo a palavra mestra… ok?)

16.2.07

Traumas

Dentro da política de tentar aproximar o conteúdo deste blog ao nome (ou vice versa tanto faz quero lá saber o blog é meu faço o que quiser tenho dito), vou hoje falar sobre um dos meus maiores traumas… por assim dizer. Eis o processo de desencadeamento do mesmo: - Mas que barulho é este? ‘Tás a ouvir?? Desliga lá isto! (diz a minha mãe enquanto vasculha no meu quarto pelo responsável pelo barulho irritante que a acordou dos seus sonhos… do outro lado da casa e através de 2 portas bem fechadas) - AAUhmmmm… o quê?? - Acorda… ‘tás a OUVIR?! - AAUhmmmm… o quê?? - ACORDA! (levanto-me e desligo o despertador, voltando de seguida para a cama, sem nunca chegar a acordar) - Isso ‘tá a tocar à meia hora e tu não ouvias?!?!?! - Meia hora! Não exageres!! - ‘Atão vê lá as horas…. - Humpf! - LEVANTA-TE QUE TENS DE IR TRABALHAR E ‘TÁ NEVOEIRO E A CHOVER E APANHAS TRÂNSITO E VAI HAVER FILA E DESPACHA-TE SUA PAPA AÇORDA É SEMPRE A MESMA COISA NUNCA OUVE O DESPERTADOR VAIS CHEGAR TARDE TOCA A DESPACHAR NÃO FIQUES AÍ DEITADA!! - AAUhmmmm… o quê?? - DESPACHA-TE!! 10 minutos depois: - MAS TU AINDA ESTÁS DEITADA?!?! - AAUhmmmm… o quê?? - LEVANTA-TE!! - Mas o despertador vai tocar outra vez!! (digo isto com a maior das convicções e certezas… mas sem nunca chegar a acordar) - MAS TU NÃO O OUVES!!! - Oh pá… é sempre a mesma coisa uma pessoa não pode dormir descansada que é sempre isto logo de manhã tá bem já vou ok deixa-me ir pronto já ouvi (digo isto sem nunca chegar a acordar. São as minhas pernas, por força de vontade própria, que se mexem e me levam para fora do quarto). Estando eu na casa de banho, pequeno almoço tomado e a prepara-me para tomar o banhinho da manhã, vai ela a descer as escadas para ir tomar o seu pequeno almoço: - DESPACHA-TE QUE É SEMPRE A MESMA COISA PAPA AÇORDA NÃO TENS REMÉDIO DEVES SER SURDA DESPACHA-TE!! 15 minutos depois estando eu a sair à porta: - DESPACHA-TE QUE É SEMPRE A MESMA COISA PAPA AÇORDA NÃO TENS REMÉDIO DEVES SER MOCA DESPACHA-TE!! OLHA A CHUVA E O NEVOEIRO E OS ACIDENTES E O TRÂNSITO VAI DEVAGAR OLHA AS MULTAS ÉS SEMPRE A MESMA COISA!! Estando eu a fechar a porta: - DESPACHA-TE! - SOGRA!! ÉS MESMO SOGRA!!! (é o único argumento/acusação/defesa após os episódios da manhã. Ela não é, mas há-de ser um dia, e não há nada pior do que chamar sogra a uma mulher que não o seja mas que passa os dias em estágio para o grande evento). É tão bom viver com a mamã. Só por causa das merdas, faz-me o almoço todos os dias para eu não ter saudades dela… Pois, pois. P.S.: Há uma variante aqui a este processo. Quando me vai acordar, mete-se a fazer perguntas em voz baixa, doce, simpática… “Sabes que horas são? (nãaaaaaaaaaao…) Vá… acorda… (‘tou acordada) a que horas chegaste?... (cedo) foste para onde? (tomar café) Olha o despertador… (eu sei) Sabes o quê? (do despertador) tá na hora… (eu sei)… Sabes o quê? (isso não faz sentido. Já me perguntaste isso)… Acorda (MAS EU TOU ACORDADA!)… Atão levanta-te (já vou)…. Oh eu a vê-la…… mais ou menos… pelo menos faço um esforço para parecer coerente e desperta… sem nunca chegar a acordar como deve ser… espectáculo. Aos fins de semana, e como a hora de almoço e jantar é sagrada na minha casa (13:00 em ponto para o almoço, 20:00 para o jantar), vai ter comigo ao meio dia de Sábado/Domingo, caneca de leite com café na mão (consegue sempre fazê-lo melhor que eu… bolas!) e diz: Vá, toma lá. Bebe isso agora para depois teres fome para almoçares. O almoço são carapaus grelhados/feijoada/bacalhau com batatas/etc. DESPACHA-TE! Respondo eu: és tão simpática. Sempre gostei de carapaus grelhados com leite e café logo pela manhã… Responde ela: Viesses mais cedo cala-te despacha-te não fiques aí deitada toca a andar! Mesmo simpática a minha mãe. Tem é um mau feitio do caraças por causa do meu despertador. Tenho de ver se arranjo um novo para ver se acabo com estes traumas matinais. Ela merece acordar bem disposta, sossegada e descansada após uma bela noite de sono. Não merece? Pois merece.

14.2.07

O Big e o X'Quim

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Dentro da política de tentar aproximar o conteúdo deste blog ao nome (ou vice versa tanto faz quero lá saber o blog é meu faço o que quiser tenho dito), vou falar sobre uma coisa que me faz sempre, mas SEMPRE sorrir e rir e achar que tenho uma sorte daquelas em poder conviver com certas personagens terrenas (e não, não é um gajo… pensavam que ia deixar aqui alguma coisita por ser hoje o dia de S. Valentim?? Ahh pois é… nada disso.) Estou a falar dos dois animais domésticos lá de casa: o Big d’Big (Big para os amigos) e o X’Quim. O Big é cão, o X’Quim é papagaio. O Big é pequenito. O X’Quim também. O Big ladra. O X’Quim também. O Big só tem meio cérebro. O X’Quim tem um cérebro muuuiito pequeno. O Big salta e ladra aos pássaros. O X’Quim também (aprendeu com o Big). O Big, quando começa nas suas perseguições aos seus amigos COM ASAS, esquece-se que, é, de facto cão (deve ser da convivência com o X’Quim) e que não pode (deve) ir para os mesmos sítios que eles. Enquanto isto, o X’Quim, que é um poliglota da mais requintada espécie, vai gritando e falando nos seus vários dialectos, nomeadamente: imitação de sirene dos bombeiros, ambulâncias, gnr, etc. De vez em quando, vai largando um “Cala-te Big! Rua! Cala-te! Tu és totó! Gordo! Aiiiiiiiiii…. Tinóniiiiiiiii!!! Porco!! Tinoniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Whã-whã-whã-whã-whã!!!!! Cala-te!”. Como podem ver, temos um papagaio muito bem educado e refinado. Eles aprendem por repetição… e aprendem sons… não palavras… e, o som que eles ouvem, é o som que reproduzem. Ou seja, se algum elemento da nossa família (ou não) lhe tentar ensinar alguma coisa, ele vai aprender com essa voz. De início, quando ele mostra que conhece umas palavras novas, é um stress. Por exemplo, “Tenho fome!” (que ele diz muito bem quando os vizinhos andam nos quintais, cabrãozinho). Ele diz isto com a voz da minha mãe… mau, muito mau. Eu, como boa filha que nasceu com espertos nos cabeça, ensinei o papagaio a dizer “É boa!”. Ahhh pois é… agora, de cada vez que vou ao quintal, sou brindada com esta bela saudação… bem, quase sempre que vou ao quintal. Outras coisas que ele sabe dizer: “cosha, cosha, cosha, cosha” (coça); “olá, bom dia! Tas bom, X’Quim?” (eles imitam tudo e não reconhecem os nomes deles, como é óbvio… daí termos um papagaio que passa os dias a perguntar-se a si próprio se está bom..); “tu és porco” (que a minha mãe lhe dizia de cada vez que ele cagava. Por muito tempo, de vez em quando, ouvíamos um “PORCO!” vindo do quintal. Todos sabíamos que o X’Quim tinha ido cagar…); “tonto”; “moooorrrreu!” (tentativa frustrada da minha mãe – sportinguista – tentar ensinar ao X’Quim “O Benfica Morreu!”. Ele só aprendeu a parte do morreu. Coisa mai linda!); “ciao”; “até logo”; “tá calor!”; “hhihhaheha!!!” (sim, ele imita um riso que me parte toda, completamente. Quando ele se mete a rir e a abanar a cabeça, rio-me que nem uma perdida); “chama as meninas” (à hora de almoço e com a voz da minha mãe… depois procede com a lista dos nomes do pessoal lá de casa, em altos berros, chamando-nos para o almoço); “mau! Tu és mau!”; “não morde!” (também ensinado pela minha mãe… não é preciso explicar…); “tu levas porrada! Aiii!” (normalmente seguido do “não morde!”). Também sabe assobiar. Muito. E gritar. Berrar. Agora imaginem uma sinfonia de pássaros a voar, histéricos e a serem perseguidos por uma cão meia-leca-com-meio-cérebro enquanto um papagaio chamado X’Quim vai apitando e imitando uma ambulância. Imaginem. Estão a ver porque me rio? Tenho mesmo sorte, oh pá.

13.2.07

Decisions, Decisions...

Exmos., Foi tomada uma decisão relativamente ao assunto de mudança de nome. O mesmo mantém-se. O blog nasceu, viverá e morrerá com o mesmo nome, tal como o destino blogivino dita * Tentar-se-á realizar uma maior adequação do conteúdo ao nome, fazendo o mesmo valer por um, ou pelo outro ** A todos aqueles que se andavam a matar para pensar em nomes, esqueçam. Este fica. * Ninguém mo deixa mudar. Muito menos quem sugeriu o nome em primeiro lugar. Eu, como é óbvio, não me quero meter na criatividade alheia mudando o nome do MEU blog… mas prontes. ** Disseram-me que se via mesmo que andava com falta de tempo… ai, ai, ai. É verdade. Mas vou fazer um esforço ou não sou eu a Dona de Outra Merda Qualquer! ‘Brigada.

11.2.07

Este Blog Vai Mudar de Nome

Exmos.,
Este blog vai ter um novo nome.
Aceita-se sugestões. Até 37 caracteres que os senhores do Blogger não permitem mais do que isso.
Sejam criativos... please!!
Depois vamos a referendo e votação final, com juri e sessão de prova e tudo quanto mais ajudar na decisão.
Ready? Steady? Go!

8.2.07

Despenalização do Aborto

Bem, eu tenho andado a evitar falar sobre este assunto aqui. Mas, tenho de me render às evidências e deixar aqui a minha opinião, mesmo que ninguém ma tenha pedido, puro e simplesmente porque estou um bocado farta de certos fundamentalismos e erros e má-concepções e até puras ignorâncias. Não sou mais esperta nem mais bem informada do que ninguém, mas porra, também tenho a minha opinião e o blog é meu… Ok. Primeiro, uns dados para sabermos mais ou menos do que estamos a falar. Concepção: esta só ocorre cerca de duas semanas após a última menstruação. Em termos contabilísticos, uma gravidez dura 38 semanas desde a data de concepção e 40 semanas desde a data da última menstruação (por facilidade de controlo, fala-se sempre em 40 semanas). Embrião: considerado até às 10 semanas de gestação. Feto: Considerado a partir das 10 semanas de gestação. Batimentos Cardíacos: São detectáveis a partir dos 22 dias de gestação (5 semanas se falarmos no total das 40). Tendo tudo isto em consideração, a questão à qual vamos responder no próximo dia 11 é se concordamos com a despenalização do aborto até à 10 semanas de gestação. A pergunta não é: - se concordamos ou não com o aborto - se concordamos ou não que as dez semanas são uma data razoável - se concordamos ou não com o aborto clandestino - se concordamos ou não com o financiamento do governo, através do sistema de saúde, para as pessoas (e não apenas mulheres, mas já lá vou) que queiram abortar - se concordamos ou não que existe vida a partir de ou antes (sequer) das 10 semanas A pergunta é: - se concordamos ou não que nenhuma mulher possa ser criminalmente responsabilizada por fazer um aborto antes das 10 semanas de gestação. Simples. É sobre mandar ou não alguém para a prisão. SIMPLES, PORRA! Agora, permitam-me divagar um cadito sobre certas coisas, mesmo que não tenham rigorosamente nada a ver com o que se vai votar no próximo dia 11. Bolas, se os defensores do “Não” podem acusar os defensores do “Sim” de serem assassinos, então acho que todos quanto queiram também podem sair do caminho da decência e apresentar argumentos, razões, explicações, pontos de vista, etc. que em nada (ou quase nada) ajudam ao debate ou à tomada de decisão. Incluindo eu, claro (o blog é meu…). Religião: A Igreja Católica, até há uns anos atrás, apenas considerava que um ser humano se tornava “pessoa” aos 7 anos. Era esta a idade da razão. Só a partir daqui é que se tornava em algo válido e merecedor de ser considerado (sequer). Engraçado, huh? Os homens não deviam votar: Os homens, como é óbvio, constituem os restantes 50% de parceria necessária para que haja concepção (e não estou a falar apenas de sexo). Se os homens podem e devem estar presentes nos enjoos, nos maus feitios, nas apetências, nas dores, no parto, na mudança de fraldas, no alimentar, no cuidar, no amar, no educar, porque raio não devem ser achados nem procurados quando se fala da questão do aborto? Será que, nesta questão, os homens são vistos como (e desculpem-me o termo) bois cobridores que apenas servem para fecundar um óvulo ponto final parágrafo? Aborto = Assassínio: Nem me vou meter por caminhos de falar sobre o que é o assassínio (tentado, não tentado, frustrado, não frustrado…). Considerem o seguinte: uma pessoa que, por uma razão ou outra, fica em coma (daquelas graves). Apenas possui batimento cardíaco. Respiração assistida. Cérebro? Morto. O que é que se faz? Desliga-se a máquina. Assassínio? Vejam a correlação e respondam à pergunta por vocês mesmos. Nem vou falar de assassínios daqueles que envolvem tiros e acidentes e facadas, etc. E nem vou falar da questão da eutanásia… nem vou por aí. Vida: Há vida em tudo. Numa árvore. Num gato. Numa gota de água. Num espermatozóide. É mais do que óbvio que um embrião possui vida. É uma vida assistida. Não existiria não fosse pelo corpo da progenitora. Não existiria de forma independente caso fosse retirado do útero e colocado em cima de uma mesa até perfazer 9 meses. Assim, é algo que não é independente. É dependente. Totalmente dependente da vida e corpo de outrem. Faz parte integrante do corpo de outrem porque caso não fosse assim, não sobreviveria. É uma vida assistida. Tal como a pessoa em coma ligada à máquina: não tem a mínima hipótese de sobreviver sozinha. É dependente. Quem é dependente desta forma não possui direitos de independência. Não possui figura jurídica. Não possui persona. Não lhe é perguntado nada porque não pode, consegue (seja o que for) responder. Tem de se responder por ele. Educação sexual: Sim, vamos confiar no Estado Português para informar toda as criancinhas e todos os jovens e todos os adultos deste país sobre o que é sexo seguro, sobre o que é engravidar, sobre o que é ter um filho. Sim, vamos. Lamento informar, mas, nesta questão, ou se é curioso e se descobre tudo, ou se tem bons pais, preocupados e abertos, que explicam tudo. Tecnicamente, se estivéssemos nos EUA, por exemplo, penso que haveria hipótese de processar o estado pela falta de educação sexual nas escolas (e não só) se alguém engravidasse por não saber que aquilo daria aquele resultado… ou processar os pais… ou as revistas… ou os livros… ou as escolas… tudo. Por exemplo. Agora, falando mais a sério (ou não). Não posso conceber que uma mulher possa ir para a prisão por tomar a decisão consciente e racionalizada de não continuar com uma gravidez. Daí a questão ser sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez e não sobre o Assassínio Mal Informado de Embriões. Não posso conceber que não me seja reconhecido o direito de fazer o que quero com o meu corpo sem correr o risco de ser presa. Não posso conceber que seja dada maior importância a um aglomerado de células com potencial para a vida independente do que aquela que me é dada a mim, já com vida independente, criada, e perfeitamente capaz de subsistir, sobreviver e viver sozinha. Não posso conceber que seja obrigada a continuar com uma situação que não desejo de forma alguma (independentemente da forma como me meti nela. Ninguém tem nada a ver com isso). Não posso conceber que o Estado e uma minoria bem falante e com a extraordinária capacidade de redireccionar o foco da questão para outros assuntos que não os em discussão possam reger a minha vida, castigando-me e proibindo-me de tomar as minhas próprias decisões em relação ao meu corpo, em relação à minha vida e em relação às vidas que posso e quero trazer para o mundo juntamente com quem mas ajudou a conceber. Merda. Por esta ordem de ideias, passa a ser ilegal bater uma punheta (devido ao desperdício de potenciais vidas humanas) e passa a ser proibido comer ovos porque aquilo é uma quase-galinha. Só faz abortos quem quer. Não faz abortos quem não quer. Eles são, de facto, realizados na mesma. Só que, para algumas pessoas, a existência desta lei nem sequer as preocupa porque sabem fazer as coisas ou então pegam nas malas e vão à vizinha Espanha. Para outras pessoas, a lei existe como uma nuvem que as persegue até atingir a data de prescrição (sim, as pobres que aceitam qualquer coisa, incluindo o risco de serem delatadas). A penalização NÃO é igual para todas as mulheres, porra! A despenalização podia ser. Aí sim havia igualdade. Para quem tiver mais paciência e interesse, existe um artigo espectacularmente bem escrito no seguinte endereço http://mypage.direct.ca/w/writer/fetusperson.html Quem quiser consultar mais umas coisas: www.pregnancy.org www.drspock.com www.abortionisprolife.com

7.2.07

Descobri ...

... um blog fantástico que devem começar a ler desde o início (em 2004). http://vidadecasado.blogs.sapo.pt (o link está aqui ao lado...) Já me fartei de rir... mesmo. Para casados, casadas, solteiros, solteiras, com filhos, sem filhos... tudo. O autor tem piada e pronto. Boas leituras.

6.2.07

Hipóteses

Tenho várias hipóteses. Ou deixo aqui qualquer coisa de muito alegre e engraçada, ou deixo aqui qualquer coisa que vos meta a pensar, ou deixo aqui mais umas imagens de coisas que gosto, ou …. Ok. Vocês ganham. A imagem que vos deixo faz-me pensar em música. Gosto deste duplo sentido: beleza visual e musicalidade. É gira. Gosto. A coisa engraçada: o meu cão só tem meio cérebro. Mas não se preocupem. É de nascença. Comporta-se como um cão normal (ok. O mais normal possível… quem o conhece sempre soube que ele não era normal…). Mas só com meio cérebro. Já viram? Depois de alguns anos de vida, dizem-vos: só tem meio cérebro, migo. Sente-se bem? Engraçado, huh? A qualquer coisa que vos meta a pensar: porque é que quando entramos numa cozinha ficamos impregnados com o cheiro a comida (por muito bom que seja o cheirinho) durante horas, mas quando vamos à casa de banho fazer o nº 2, saímos de lá, às vezes até meio verdes, mas sem vestígio nenhum de cheiro algum seja onde for? Dá que pensar, huh?

2.2.07

City of ...

Publicidade de um Estado à sua Cidade Capital. http://www.visitvictoria.com/melbournead/ Só lá. Enjoy.